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AULA PRÁTICA: Carne de Rã é degustada por alunos no IFPA Campus Belém

  • Publicado: Sexta, 01 de Abril de 2022, 18h05
  • Última atualização em Sexta, 01 de Abril de 2022, 18h44
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Você já se imaginou comendo Rã algum dia?

Em uma aula prática realizada na terça-feira, 29 de março, no Laboratório de Aquicultura do IFPA Campus Belém, alunos do curso Técnico em Aquicultura tiveram a oportunidade de experimentar a Carne de Rã. A proposta da aula foi pensada pela professora Rayette Souza da Silva, sendo uma prática dentro da disciplina de Novas Oportunidades na Aquicultura, na qual os alunos contaram com aulas teóricas sobre a Ranicultura e a aula prática com degustação, que teve o apoio do professor Janildo Aviz.

 Rã-touro (Aquarana catesbeiana)

A Ranicultura é um ramo da aquicultura e representa o cultivo de rãs com fins comerciais. A espécie de rã criada no Brasil é a rã-touro (Aquarana catesbeiana), trazida da América do Norte em 1935 e instalado seu primeiro criatório (ranário) na Baixada Fluminense (RJ). O Brasil é o quarto maior produtor mundial. No Brasil há duas espécies principais de rãs com possíveis fins comerciais, a rã-pimenta e a rã-manteiga (paulistinha), porém apresentam menor desempenho produtivo que a rã-touro e ainda não é autorizada sua produção comercialmente. Na natureza o declínio da população de rãs tem se dado principalmente pela degradação de matas ciliares, uma vez que esses animais dependem tanto de ambientes aquáticos quanto terrestres para se desenvolver.

Um dos principais produtos oriundos da rã é a carne que apresenta alto valor comercial, classificando-a como carne nobre. A pele da rã também tem fins medicinais, sendo usada para tratamento de queimaduras.

O Brasil tem grande potencial para essa cultura, porém a “popularização” do consumo da carne de rã ainda é um entrave, mesmo tendo quase total da produção consumida internamente (principalmente por restaurantes). Outro fator limitante é a aparência do animal que impacta diretamente na aceitação do consumidor. Por isso, para iniciar um ranário é necessário que se tenha conhecimento da região e pesquisas relacionadas ao mercado que será o principal foco da produção.

Segundo a professora Rayette Silva, a aula prática foi uma maneira que ela encontrou para aproximar os alunos da realidade.

“Com a degustação, os alunos se aproximam mais da realidade do mercado, popularizam o consumo e como diz o Roberto Justus, você vende o que você acredita”, destaca a professora.

Prefessora Rayette Silva explicando sobre aula

De acordo com a professora, os Técnicos em Aquicultura formados pelo IFPA Campus Belém estão aptos a realizar o cultivo de rãs, seja para consumo humano da carne ou venda da pele ou do indivíduo vivo para o mercado pet (principalmente a variedade albina). Ela destaca ainda os benefícios da carne de rã.

“A carne de rã possui vários benefícios, ela tem menor teor de colesterol e sódio quando comparada às demais, alta digestibilidade, sendo indicada no tratamento de pessoas com problemas gastrointestinais e alergias alimentares”, revela.

Alunos do curso Técnico em Aquicultura do IFPA Campus Belém degustando a carne de Rã

 

Carne de Rã Empanada preparada para servir na aula

 

  

Arroz  com Carne de Rã Temperado preparado para servir na aula

Na aula prática foram preparados 2 pratos para degustação, a Carne de Rã Empanada e um Arroz  com Carne de Rã Temperado. Para a preparação dos pratos a carne foi adquirida de um fornecedor em Belém, já que o IFPA Campus Belém não possui um ranário. Os pratos foram preparados pela professora Rayette Silva e pela técnica em laboratório Marcicleia Bahia, com auxílio de alunos do curso.

Alunos presentes na aula prática e os professores Janildo Aviz e Rayette Silva

Para a aluna Renata Silva de Oliveira, 28 anos, o conhecimento adquirido na disciplina é essencial para o seu desenvolvimento no curso, ela conta como foi a sua experiência em degustar a carne de rã.

“O conhecimento fornecido pela disciplina referente à temática sobre ranicultura é essencial ao curso, principalmente se levarmos em consideração que é uma atividade um pouco diferente das que já são desenvolvidas na aquicultura. Então, conhecer um pouco mais como se dá a criação e todo processo até chegar ao ponto de abate nos faz pensar que a criação de outros organismos aquáticos pode ser viável e rentável. A aula prática com a degustação em si foi excepcional, não só pelo fato de provar a rã, mas também como uma forma de reduzir o preconceito que as pessoas possam ter por ser um anfíbio que é pouco consumido aqui na região. A carne se assemelha a outros alimentos de consumo usual na minha dieta, tem textura e sabor leve, assemelhando-se com a carne de frango ou peixe. ”, conta.

A aluna ainda deixa um recado a todos que ainda não experimentaram. ”A carne de rã pode até ser um alimento consumido por poucos ainda, principalmente se levarmos em consideração o alto custo, mas é um alimento que possui muitos benefícios nutricionais. De modo geral, se houver a possibilidade, experimentem. Vale a pena. ”, destaca Renata.

 

DICOM, com dados da Coordenação de Aquicultura, https://zootecniabrasil.com/ ,  http://www.fao.org/ 

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